Lugares, práticas e políticas das publicações de arte - ensaios críticos e publicações de artistas
Local : Museu da UFRGS - Av. Osvaldo Aranha, 277 / www.museu.ufrgs.br / E-mail: museu@museu.ufrgs.br / Telefone: 3308339018h: Cerimônia de abertura: Professor Alfredo Nicolaiewsky e Professora Maristela Salvatori: Ponto de vista do campo crítico: breve apresentação da abertura do novo curso e graduação de História, Teoria e Crítica da Arte do Instituto de Artes da UFRGS. O PPGAV e sua trajetória.
18h30min: Joerg Bader (HEART-Perpignan)
-Você é critico! Onde publica?
-Minha critica são minhas obras!
-Oh?
Minha conferência diz respeito à minha atividade crítica desenvolvida na França entre 1987 e 2000 (Art Press, France Culture, Frog, Blocnotes, Journal des Arts et Beaux Arts Magazine), que podia se dar tanto na forma plástica, escrita ou ainda radiofônica. Retraçando esse percurso eu toco em questões da organização econômica, da censura e da recepção. Eu tento situar esta posição de artista-crítico no contexto da época, que foi marcada pela rejeição violenta à arte contemporânea, não somente pelos reacionários, mas também nos meios de esquerda. Estabelecerei também algumas comparações de como este debate ocorria em outros países europeus para os quais eu também trabalhei enquanto crítico de arte.
Alguns retratos: ARNAUD LABELLE-ROJOUX – PIERRE DUNOYER
O Ato artístico é um ato pensante.
Na França não se tem o costume, como ocorre nos países anglo-saxões, que um artista persiga também um trabalho de crítica ou de historiador da Arte. Foi na língua francesa que o termo Bobo como um pintor foi criado. Ou que Matisse formulava ainda esta frase terrível: « Você quer fazer pintura ? Antes de mais nada tem que cortar sua língua,... ».
Minha intervenção se dedica a dois artistas franceses que não se resignaram a este silêncio que Matisse requeria. Arnaud Labelle-Rojoux, artista inclassificável, filho espiritual de Marcel Duchamp, dos Pieds Nickelés et do movimento Fluxus, questiona livremente e com uma alegria evidente a arte e seus limites, explorando, particularmente, a via do humor e da poesia dos contrários. Pierre Dunoyer desde o início de sua carreira de pintor, no meio dos anos 70, se colocou como tarefa conceitualizar o termo « quadro » e isto tanto no domínio da pintura – separando a matéria da cor – como no domínio da filosofia « o quadro é um meio privilegiado que diz o ser ».
Debate
19h30min - Maria Ivone dos Santos (PPGAV-UFRGS).
Um artista no Brasil: lugares, contextos e políticas de uma prática teórica.
Constata-se atualmente no Brasil uma importante produção artística e teórica sendo realizada por artistas pesquisadores, muitos deles atuantes em universidades. Diante da ausência de uma política efetiva de veiculação destas produções para além do circuito acadêmico, sem editor e nem mercado, observa-se que a difusão acaba ocorrendo em outros circuitos. Buscaremos dialogar sobre o funcionamento dos textos de artistas editados em livros, revistas universitárias, revistas eletrônicas e também nas publicações independentes, observando estes contextos e instâncias assim como a importância da difusão dessas idéias, levantando questões também sobre os limites e abrangências destes modos de difusão.
Ver, editar, ler e distribuir: jornais e outras publicações de artistas.
Como mapear e discutir o gesto crítico do artista que publica e busca abrir caminhos de difusão de seus atos e pensamentos no contexto do Brasil? Partindo do relato de processos e experiências artísticas que culminaram na organização de jornais (os jornais e o site dos Perdidos no Espaço), observando outras publicações de artistas brasileiros, buscando ver quais são os limites destes circuitos de difusão e seu impacto. Outra crítica?
20h15min - Mabe Bethônico (EBA-PPGA/UFMG)
Museumuseu: jornal e lugar, publicações e obras.
Desde 2001, através deste projeto buscamos articular diversas frentes de trabalho em formatos que comportam conteúdos produzidos a partir de atuações de campo, em instituições museológicas e outros contextos. Junto a exposições temporárias são desenvolvidos e disponibilizados trabalhos em websites, livros impressos, cadernos e, sobretudo, um Newsletter, jornal produzido como suporte de experimentação e divulgação. Nas jornadas discutiremos o alcance desses meios e seu potencial como território de trabalho coletivo.
Debate
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